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A língua portuguesa é a segunda língua oficial de Timor-Leste e foi escolhida para a língua do ensino. Todos os manuais escolares estão escritos em português e são de autoria de professores portugueses. De um ponto de vista prático, é algo que representa vários desafios para os alunos e professores timorenses:

  • A língua portuguesa não é usada pelo povo. Na maioria dos casos, nem os professores compreendem português (falado ou escrito).
  • Pratica-se o modelo de ensino “macaco de imitação”. Uma vez que o professor não compreende os conteúdos do manual escolar, limita-se a copiar do manual para o quadro. O aluno copia do quadro para o caderno. Não existe explicação adicional, não aplicam nem praticam os conhecimentos novos.
  • Os manuais escolares não estão minimamente adaptados à realidade timorense. Qual o objetivo da interpretação de um texto sobre kiwis, se o timorense comum nunca viu um kiwi e não sabe o que é?

Existem algumas medidas em vigor que tentam dar resposta a estes desafios. É o caso do projeto das escolas CAFE (financiadas por Portugal e Timor-Leste), onde cada disciplina é lecionada por um professor português e um professor timorense, colocando os alunos em contacto com as duas línguas oficiais do país: Tetum e Português.


Porém, é insuficiente.

A GiraCatavento surge com o objetivo de dar resposta a este grande desafio, apesar de NÃO pretendermos abrir escolas. O nosso objetivo é oferecer um complemento ao ensino, criando momentos de aprendizagem divertidos e descontraídos.
Queremos ensinar enquanto brincamos porque, para nós, esta é a melhor forma de aprender!

Adriana Mamede

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